É indiscutível que o assunto de mudanças climáticas tem sido um ponto frequente em todas as áreas do mundo, seja na economia, política, educação, meio ambiente, seja na saúde humana. O século XXI está sendo marcado por inúmeros desastres naturais que podem ser relacionados à ação do homem – como incêndios, desflorestamento, extinções de espécies, perda de biodiversidade e mudanças no clima, tempo, água, ar etc. Um dos eventos mais recentes é visto com os incêndios florestais no Havaí, que chegou a ser considerado uma das piores catástrofes já enfrentadas pelos Estados Unidos desde 2009.
Nota-se tentativas de todos os países no mundo a fim de propor uma solução para esses problemas, aqui no Brasil o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) propôs em 2023 uma construção de uma nova política nacional para adaptação às mudanças climáticas, visando um equilíbrio para a utilização humana da natureza e sua preservação. No entanto mecanismos como esses começaram a décadas atrás, e em destaque temos a bióloga Rachel Carson, que lutou contra o patriarcado da época para tornar sua visão uma possível prevenção do futuro.
Pessoas como Rachel Carson tomaram destaque na década de 60 e chamou a atenção de inúmeras organizações em volta do mundo, como maior exemplo, temos a Organização das Nações Unidas (ONU) que visam uma missão de paz para todos os continentes, juntando países para chegarem a acordos não prejudiciais à economia, política, saúde, educação de nenhum outro. Rachel Louise Carson nasceu em 1907 e se tornou uma bióloga marinha e ecologista importante para a conscientização ambiental nos tempos de hoje. A norte-americana publicou o livro Primavera Silenciosa, em 1962, que retrata principalmente sobre os impactos de pesticidas sintéticos na natureza, animais e humanos e propunha o uso controlado dessas substâncias.
Carson mostrou-se interessada nesse campo no final dos anos 1950, quando o uso de pesticidas se tornou extremamente abundante e uma decaída na qualidade do meio ambiente começou a ser notada, a bióloga fez questão de que toda população ficasse ciente dos possíveis malefícios para o futuro. Com seus estudos, a política nacional dos Estados Unidos sofreu uma alteração, onde o DDT (diclorodifeniltricloroetano), o primeiro pesticida moderno que foi utilizado de maneira exagerada durante a Segunda Guerra Mundial, foi banido do país. A relação dessas organizações com a ação humana está intimamente ligada, uma vez que a humanidade precisa aprender a se relacionar com a natureza de maneira equilibrada, para que no futuro, não sofremos com a falta de materiais necessários para nossa sobrevivência.
É necessário manter as pessoas pensantes e preocupadas com a situação do meio ambiente – assim como Rachel Carson – e por isso a educação ambiental é fundamental nesse contexto. A ONU apresenta um papel primordial para a manutenção das áreas naturais do planeta Terra, pois faz a conexão dos países, relacionando política, economia e viés social para manter a preocupação neste tópico.
Referências: OSATO, B. F.; OSATO, T. Rachel Carson, a primeira ambientalista a alertar sobre os impactos do DDT. Revista Galileu.
Maria Eugênia Silva e Santos é graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Viçosa – Campus Rio Paranaíba.