sustentabilidade

Transformando capim em energia

Originário na África e inicialmente implantado no Brasil como fonte de alimento para o gado, o capimelefante (Pennisetum purpureum) surge como utilidade em um novo campo de pesquisa: como fonte sustentável de energia!

Mas o que é energia sustentável?! É aquela que possui um ciclo equilibrado de produção e consumo, ou seja, seu uso é mais lento, permitindo que nesse tempo a natureza seja capaz de “repor” o que foi gasto. É um tipo de energia que leva em conta fatores ambientais, diminuindo o máximo possível os riscos causados aos recursos naturais e, assim, mantendo a existência destes para as gerações futuras.

Capimelefante, um tipo de gramínea perene, pode atingir até 5m de altura, possuindo em seu topo uma inflorescência de cerca de 15cm. Seu ingresso neste novo campo se deve principalmente em possuir rápido crescimento e alta produção de biomassa vegetal, além de contribuir eficientemente para o aumento de matéria orgânica no solo. Outro ponto positivo ao seu uso, também está relacionado ao seu metabolismo fotossintético C4, o qual contribui para uma maior eficiência no acúmulo de matéria seca e uma melhor assimilação de energia solar, aumentando a quantidade de biomassa produzida durante a fotossíntese.

Todo o processo é facilitado pelo cultivo simples do capim, o que desperta ainda mais interesse das indústrias. A espécie necessita de áreas pequenas para plantio, podendo ser instaladas até mesmo nos intermédios das indústrias, diminuindo gastos com transporte; pode ser plantada em solos pobres em nutrientes; é capaz de recuperar solos degradados; e … Leia mais

Conservação ou Preservação?

Willian Lopes Silva

Wagner M. S. Sampaio

 

Os termos Preservação e Conservação são utilizados para estabelecer a relação Homem e Natureza e proteger o meio ambiente, porém são ideologicamente distintos. Esses termos foram introduzidos por dois precursores do ambientalismo Norte Americano com o intuito de proteger o meio ambiente, o naturalista John Muir e o engenheiro florestal e político Gifford Pinchot. O primeiro nos dá o sentido de intocabilidade, onde o ambiente precisa ser preservado no seu estado natural sem nenhuma intervenção humana por ser importante por si mesmo. Já o segundo nos trouxe a ideia da conservação em longo prazo, onde os recursos naturais devem ser usados com parcimônia para não serem esgotados pelas necessidades humanas. As ideias de Muir e Pinchot são muito importantes para proteção da natureza, mas nos trazem um resultado muito diferente quando colocadas em prática e se usadas erroneamente podem trazer prejuízos socioambientais incalculáveis. O Preservacionismo de Muir foi um movimento romântico e espiritual, acreditava que Deus criou o universo para o gozo de todos os seres vivos, e não apenas para os seres humanos. Já o conservacionismo de Pinchot foi um movimento progressista e científico. Fato tão verdadeiro que, por exemplo, a legislação Brasileira e muitos pesquisadores adotam uma integração entre esses termos.  Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis, para garantir a proteção da diversidade biológica de um país é preciso estabelecer um sistema de áreas protegidas. No Brasil, as áreas protegidas incluem as áreas de proteção permanente, … Leia mais

Carbono Zero: um passo a mais para a sustentabilidade .

Daniel Brianezi

Laércio Antônio Gonçalves Jacovine

Ricardo Martiniano dos Santos

O Brasil é um dos principais emissores de Gases de Efeito Estufa (GEE), principalmente em função do desmatamento e da mudança no uso do solo. Por outro lado, também é um dos países com maior potencial para reduzir as emissões projetadas até 2030, pois o aumento das suas emissões ocorre em taxas menores que a de outros países em desenvolvimento, como China e Índia, e desenvolvidos; estes sujeitos a quotas de redução obrigatórias.

O Brasil, mesmo estando entre os maiores emissores de GEE, é considerado em desenvolvimento no Protocolo de Quioto (não -Anexo I), por isso não possuía metas de redução até 2012. No entanto, na 15a Conferência das Partes (COP-15), ocorrida no final de 2009 em Copenhague, os países signatários, como o Brasil, se comprometeram a reduzir suas emissões de GEE de forma voluntária. Para isso, criou-se a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), que no artigo 12 relata o compromisso nacional de ações de mitigação das emissões de GEE, visando à diminuição de 36,1% a 38,9% das emissões brasileiras projetadas até 2020. Assim, do total das metas de redução de GEE voluntárias que o Brasil propôs em seus NAMAs (Nationally Appropriate Mitigation Action), aproximadamente 90% são originários da agropecuária e da mudança no uso da terra, que representam 75% das emissões de GEE nacionais.

Dentre as medidas estabelecidas pela PNMC para reduzir as emissões de GEE brasileiras está o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que procura Leia mais