evolução humana
Árvores Filogenéticas: o que são e como interpretá-las?
Caso você queira seguir uma carreira dentro da grande área das Ciências biológicas é quase impossível que em algum momento você não se depare com o que nós chamamos de Árvore Filogenética. Mas afinal, o que é isso? Uma árvore filogenética é uma representação gráfica em forma de árvore que mostra as relações evolutivas entre indivíduos, linhagens, populações, espécies e etc. Para simplificar, essas representações se assemelham muito a uma que provavelmente todos conhecem muito bem: a Árvore Genealógica.
A árvore genealógica mostra as relações de parentesco entre diferentes pessoas de uma mesma família, partindo de um ancestral em comum (por exemplo: um bisavô), onde nas ramificações internas teríamos os descendentes intermediários (avôs, avós, pais e mães) e no final dos ramos os últimos descendentes (irmãos e primos). Neste caso, os ramos que originam os irmãos partem de uma mesma ramificação (que representa sua mãe ou pai) e que não inclui seus primos. A árvore filogenética pode ser considerada uma extrapolação da árvore genealógica de algumas décadas ou séculos para centenas de milhares ou milhões de anos. A árvore filogenética segue dois preceitos importantes da evolução darwiniana. O primeiro preceito é a ancestralidade em comum, neste caso a origem da árvore representaria o ancestral comum do grupo e, portanto, de todas as espécies (como o “bisavô” das espécies). Já as ramificações internas representam os ancestrais intermediários entre algumas espécies, mas não todas (seriam como os pais, mães, avôs e avós), e os ramos terminais as espécies atuais. O segundo preceito … Leia mais
Nossa história e de nossos parentes
Nossa própria origem sempre foi motivo de discussão no mundo acadêmico e cotidiano. Através dos séculos de civilização milhares de especulações acerca de onde viemos nublava o imaginário dos povos antigos. Com o surgimento da paleoantropologia e das análises evolutivas com base na reconstrução fóssil, dispomos de um cenário que melhor nos aproxima do que realmente ocorreu. Excluindo-se as explicações místicas e religiosas, a ciência nos mostra resumidamente, como se deu nossa diferenciação frente aos outros primatas, e quais mecanismos seletivos levaram ao nosso atual aspecto.
O continente africano é hoje corretamente rotulado como o berço de nossa espécie, baseando-se no evento de que os mais antigos fósseis classificados até o momento tem sua origem nessa área, especialmente nos arredores do lago Turkana e no Chade. Os mais famosos aparentados que possuímos, sendo um intermédio e elo de ligação com os grandes primatas, são os diversos Australoptecíneos provenientes de regiões do Quênia, Australopitecus africanus e Australopitecus afarensis, por exemplo. A bipedalia é algo que separa a espécie humana dos demais vertebrados. Esta característica teve seu aparecimento por volta de 2,5 milhões de anos, selecionada ao longo de incontáveis gerações desde um desastre que secou as planícies africanas, levando nossos ancestrais a deixar a procura de alimentos nas árvores transferindo-se para o solo.
Deve-se ser demonstrado também o fato de que as espécies mais antigas na escala evolutiva alimentavam-se de vegetais, dispunha de uma forte mandíbula e musculatura que requeriam grande energia para manutenção. Daí provém uma das interessantes teorias para … Leia mais
Volume 5, número 1
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