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Você conhece os principais tipos de fruto?

O fruto é o resultado do desenvolvimento do ovário das flores, que garante proteção e auxilia a dispersão das sementes surgidas após a fecundação. Frutos são órgãos encontrados exclusivamente nas Angiospermas e são formados por pericarpo e uma ou mais sementes. A morfologia vegetal se dedica a estudar os frutos e os classifica pela disposição dos carpelos (unidades estruturais que compõem os ovários), quantidade de sementes, consistência dos frutos maduros e presença ou ausência de mecanismos de deiscência (abertura espontânea ou não dos frutos, quando maduros). Ou seja, os diversos tipos de frutos podem ser classificados de maneiras diferentes. Você conhece os principais tipos de fruto?

Frutos são simples quando a origem é de 1 ou vários carpelos unidos, como por exemplo o fruto do baru, pequi, mangaba e sapucaia. São classificados como agregados quando são derivados de um gineceu com carpelos livres entre si, mesmo que pertencentes a uma única flor, como ocorre com o araticum, atemóia, graviola e a magnólia. Ou, ainda, podem ser múltiplos quando resultam de muitos ovários de um grande número de flores de uma inflorescência, como no abacaxi, na jaca, na amora e na fruta-pão.

Quando observamos a consistência dos frutos, esses podem ser classificados em carnosos, isto é, aqueles que apresentam pericarpos suculentos, como visto na manga, no maxixe, na goiaba e no mamão. Por outro lado, os frutos secos são aqueles que apresentam pericarpo não suculento (seco na maturidade), como no urucum, no chichá, no jatobá e nos ipês. Uma outra forma … Leia mais

Semente: não reluz, mas vale mais que ouro, luxo e fama!

Há 350 milhões de anos atrás, as plantas com sementes começaram a aparecer e até hoje este evento evolutivo é considerado um dos mais importantes no reino vegetal. Sementes são órgãos reprodutivos das plantas e compreendem a principal estratégia para a dispersão e sobre- vivência dos vegetais nas diversas regiões do mundo. De dentro para fora, essa estrutura é composta por um embrião, com ou sem reservas nutricionais e uma camada protetora chamada de tegumento, uma verdadeira casca que impede a perda de água, dificulta a ação de predadores e permite a sobrevivência das sementes em ambientes inóspitos como desertos, áreas alagadas, águas salinas, ambientes ácidos ou muito frios. Ao encontrar condições adequadas de iluminação, água e temperatura elas germinam e dão origem a um novo vegetal com caracteres semelhantes aos da planta mãe.

Existem dois grupos de plantas com sementes, onde o primeiro a surgir foram as gimnospermas. Este grupo é composto pelos vegetais que possuem sementes nuas, ou seja, não têm um fruto para envolvê-las. Neste grupo está a cica, espécie muito usada no paisagismo; os pinheiros e as sequoias, grandes árvores que se distribuem em florestas de clima temperado. No Brasil, temos um importante representante na região Sul, a Araucaria angustifólia (Bertol.) Kuntze, conhecida popularmente como araucária ou pinheiro-do paraná. Outro agrupamento são as angiospermas, provavelmente o mais conhecido, pois são os vegetais que exibem flores e suas sementes são guardadas em frutos, também é o maior grupo. Alguns de seus representantes mais populares mundialmente são os … Leia mais

É PANC!

Provavelmente você já ouviu essa palavra, “Punk”, como referência àqueles que provocam a ordem social vigente. Por aqui, o acrônimo PANC, criado pelo Biólogo Valdely Ferreira Kinupp, quer dizer “plantas alimentícias não convencionais”. Mas o que são essas plantas alimentícias não convencionais mesmo? Nunca ouvi falar! Então, são plantas nativas ou mesmo exóticas que podem ser comestíveis e consumíveis, e que não são comuns no dia a dia da grande maioria da população de uma região ou de um país.

No Brasil, existe uma grande diversidade de alimentos convencionais e não convencionais, que tornam nossa culinária a soma e o resultado de diversas culturas étnicas. Isso estabeleceu uma rica troca de alimentos, especiarias, condimentos e hábitos alimentares, que muitas vezes se relacionam com a identidade de um lugar ou de uma região. Também revela tradições e potenciais de uma área, considerando que o uso de algumas dessas plantas não convencionais possui fins artesanais (decorativo) e medicinais (chás).

Algumas plantas não convencionais muitas vezes passam despercebidas por nossos olhos, como é o caso da PANC Turnera subulata sm. Nativa da América Tropical, ela se faz presente em praticamente todo o território brasileiro e é popularmente conhecida como Chanana. Talvez você já tenha visto uma de manhã em sua rua. Geralmente elas são encontradas entre passeios nas cidades ou brotam de forma arbustiva, desde que encontre condições favoráveis para crescer. Essa espécie possui algumas características como o tamanho médio de 50 cm de altura, caule pouco ramificado e folhas simples. Suas flores … Leia mais

As plantas que vivem sobre o ferro

As diferentes espécies e formas de vida da vegetação que existem ao nosso redor estão intimamente relacionadas com o tipo de solo em que estão estabelecidas. A fertilidade e a profundidade do solo selecionam as plantas que vão ocupar cada ambiente. Geralmente, onde há florestas os solos são profundos e férteis, pois as árvores são exigentes em nutrientes e em uma área maior de solo para expandir suas raízes, indispensáveis para a sustentação do tronco. Por outro lado, em solos rasos ou mais pobres em nutrientes estabelecem formas de vida de menor porte e adaptadas a essas condições.

Fig 1- Campo rupestre.

Diferentes tipos de vegetação, em resposta a diferentes solos, podem ser observadas na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. No Cerrado existem vegetações campestres (campo limpo), savânicas (cerrado sensu stricto) e até florestais (cerradão); classificadas em função do hábito dominante, da composição florística e das propriedades dos substratos, que vão de rasos e pobres nos campos a profundos e ricos nas florestas. As vegetações campestres caracterizam-se por serem mais abertas, com predominância de gramíneas e poucas espécies lenhosas. As fitofisionomias savânicas são dominantes na paisagem e ocupam cerca de 65% da área do Cerrado. A vegetação do cerrado sensu stricto é formada por um estrato arbustivo-arbóreo com caule suberoso, ramificado e retorcido e outro herbáceo-graminoso e contínuo. As vegetações florestais apresentam espécies lenhosas com galhos tortuosos, distribuídas de forma mais adensada, com alturas variando de seis a oito metros.

Fig 2- Vegetação de canga.

Em muitos locais no Brasil … Leia mais

Etnobotânica: o resgate do conhecimento popular sobre as plantas?

Com o avanço da ciência e da tecnologia e um mundo cada vez mais globalizado, as relações e o convívio entre os jovens e os mais velhos têm se estreitado. Além disso, todo conhecimento considerado popular e que não tenha caráter científico, muitas das vezes é tido como antiquado e depreciativo. Desta forma, se faz necessário o resgate do conhecimento popular que vêm se perdendo devido a esses fatores.

Uma das grandes áreas de conhecimento em que o ser humano atua, diz respeito ao uso das plantas, seja para fins medicinais, artesanais, plantas como tecnologia, dentre outros. Os vegetais são explorados pelo homem desde que este se estabeleceu na terra, sendo que o conhecimento sobre as plantas, veio da necessidade que o homem tinha de entender sua relação com os vegetais e como estes poderiam beneficiá­-lo de alguma forma atendendo necessidades básicas como alimentação, proteção, tratamen­to para doenças, etc. São diversos os usos aos quais se destinam as plantas em nossa sociedade. Essas utilidades variam de acordo com a cultura de cada povo. Tais conhecimentos contribuem muito para o avanço da ciência, principalmente em se tratando das plantas medicinais, algumas das quais têm efeito medicinal comprovado cientificamente. Quem nunca tomou um “cházinho” calmante ou para amenizar a dor de cabeça? Nesse sentido e, entendendo a importância de não permitir que o conhecimento popular se perca, é que surgiu a etnobotânica como ciência, no final do século XIX. O objetivo principal dessa ciência é estudar a relação entre o ser humano … Leia mais