Um legítimo rioparanaibano, a resiliência de uma recém descrita espécie
Na grande área das ciências biológicas uma das tarefas mais difíceis, e recorrentes, que um cientista tem é delimitar espécies. Mas afinal, o que é uma espécie? O que parece ser uma pergunta fácil de ser respondida geralmente causa um verdadeiro nó na cabeça dos biólogos. O motivo disso é que os organismos vivos se diferenciam mais ou menos uns dos outros, e essa variação acontece tanto acima quanto abaixo do nível de espécie. Desta forma, “espécie” nada mais é do que um termo criado por nós humanos para delimitar organismos que são suficientemente diferentes entre si. A grande dificuldade fica em se determinar quão diferente um organismo precisa ser do outro para serem considerados de diferentes espécies, ou em outras palavras, onde termina uma espécie e onde começa outra.
Diferentes conceitos foram propostos ao longo dos anos para auxiliar neste dilema, levando em consideração aspectos como reprodução, genética, morfologia, história evolutiva, nicho ecológico e etc. Cada um desses conceitos apresenta seus méritos e suas falhas, mas no geral os pesquisadores concordam que usar diferentes métodos e fontes de informação biológica é a melhor solução. Uma última questão que devemos discutir é a distribuição geográfica das espécies, já que algumas, como a nossa, ocorrem em todo planeta, enquanto outras podem ter uma distribuição mais restrita, podendo até serem encontradas em um único local, sendo chamadas de espécies endêmicas. Agora já imaginou que legal seria ter uma espécie que ocorre apenas em sua cidade? Pois esse é um orgulho que os … Leia mais