aquecimento global

O aquecimento global e seus impactos nos recifes de corais

Há anos as pesquisas científicas nos demonstram que a Terra passa por períodos cíclicos de aumento e diminuição de temperatura. Nos últimos 100 anos, o clima de nosso planeta esquentou e, a cada ano que passa, é notável o aumento na temperatura. Entretanto, ainda existem grupos que neguem o aquecimento global.

Diversas pesquisas relatam os efeitos das mudanças ambientais como um todo. O grande problema que enfrentamos é o negacionismo científico, onde grandes grupos tendem a tentar derrubar a explicação do aquecimento global. O que falta-lhes entender é que este é um processo natural, e que está sendo acelerado pelo ser humano.

Como demonstrado por Walther et al. (2002), o aumento da temperatura global traz consequências para animais e plantas, principalmente quando se trata do tempo de geração. Na Europa e na América do Norte foram publicados alguns estudos desde os anos 1960 que demonstram algumas mudanças, como a chegada precoce de aves migratórias em certas regiões, o aparecimento antecipado das mariposas na primavera e até a antecipação da desova de alguns anfíbios. Além disso, a invasão de algumas espécies tem sido correlacionada com o aquecimento global, já que este é responsável por mudanças na biota local, permitindo com que espécies adjacentes invadam áreas anteriormente dominadas por outras.

Um dos ecossistemas mais afetados pela mudança ambiental na temperatura é o marinho. Isso acontece porque este fenômeno está diretamente ligado com a acidificação dos oceanos, que afeta diversos seres vivos. A acidificação ocorre por conta do aumento da quantidade de CO2 … Leia mais

Efeitos do aquecimento global sobre as populações de anuros

Os anuros são o grupo de vertebrados que correm o maior risco de serem extintos perante às alterações climáticas decorrentes do aquecimento global. Isto se dá devido às características fisiológicas, ecológicas, evolutivas e outras adaptações do grupo. Estes animais possuem um importante papel de controle biológico de diversos insetos como baratas, pernilongos, moscas entre outros e sua extinção ou diminuição pode causar um aumento considerável destes bichos.

O aquecimento global pode causar consequências diretas como o aumento da temperatura no planeta e também consequências indiretas, como mudanças no regime hídrico, alteração da umidade, alteração no PH do solo e aumento na incidência de raios UVB no planeta, além de influenciar no tipo e quantidade de presas e na distribuição das espécies de anfíbios.

Sapos, Salamandras e Cecílias são animais ectotérmicos, ou seja, suas funções fisiológicas estão relacionadas com a temperatura do ambiente, portanto, alterações climáticas drásticas podem resultar em mudanças na sua fisiologia e consequentemente nos seus ciclos de vida, o que afetaria a distribuição desse gênero.

As mudanças nos padrões de distribuição de uma espécie podem desencadear outras variações que influenciam na alimentação, relação com microrganismos patogênicos e características da reprodução. O grupo apresenta baixa habilidade de dispersão, portanto não há uma grande disseminação dessas espécies para áreas com características climáticas mais favoráveis à sua sobrevivência, ocorrendo uma alta extinção local de espécies de anuros.

A pele desses animais é extremamente permeável à água, o que os deixa sensíveis ao excesso de radiação solar e outras sustâncias presentes no … Leia mais

Mudanças climáticas globais: verdades e consequências

Daniel Meira Arruda

Atualmente somos bombardeados com notícias sobre aquecimento global e mudanças climáticas, evidenciando causas e as consequências dessas alterações para o mundo em que vivemos. Neste texto, veremos o que são essas mudanças e como elas afetam os processos naturais. Veremos também que as alterações climáticas são um processo natural, que sempre ocorreu, mas que é intensificada pelas atividades do homem.

Nossos cientistas, por meio de diversas técnicas, conseguem obter estimativas do clima que a terra já experimentou ao longo de milhões de anos atrás. Considerando os últimos 65 milhões de anos, o clima global alterou drasticamente pelo menos seis vezes. Essas alterações são variações globais de temperatura entre 5-10°C, que representam os períodos glaciais, quando varia para menos, ou interglaciais, quando variam para mais. Desde o início do período considerado, se manteve uma fase bem quente com temperatura global próxima dos 33°C até 32 milhões de anos, quando tem peratura diminui bastante, formando a primeira geleira permanente na Antártica. Mesmo com algumas oscilações, a queda da temperatura continuou com ritmo acelerado até dois milhões de anos atrás, dando início a Era do Gelo. Nesse período as calotas polares ocupavam dois terços da extensão atual. O volume de água convertida em gelo foi tão grande que o nível dos oceanos era de 120 a 130 metros mais baixo que o atual. Os trópicos também sentiram os efeitos da glaciação, nessa fase a temperatura média tropical estava entre 5 e 10°C e, com a diminuição do nível dos oceanos, Leia mais

Sequestro de Carbono

Silvana da Costa Ferreira

Os impactos ambientais, ocorrentes em todo o planeta, aumentaram consideravelmente durante as últimas décadas do século passado. As emissões poluentes na atmosfera são feitas por todos os países do mundo e o gás dióxido de carbono (CO2), um dos compostos lançados na atmosfera, é produzido em todas as partes do planeta, principalmente pela queima de combustíveis derivados

do petróleo e pela produção de cimento que totalizam 75% das emissões. Os processos de uso da terra, sobretudo os desmatamentos e as queimadas, são responsáveis por grande parte dos 25% restantes.

Porém quando pensamos no título desse artigo, surge a pergunta: sequestro de carbono, como assim? Quem sequestrou o carbono? Na verdade o sequestro de carbono refere-se a processos de absorção e armazenamento de CO2 atmosférico, com intenção de minimizar seus impactos no ambiente, já que se trata de um gás de efeito estufa (GEE). A finalidade desse processo é conter e reverter o acúmulo de CO2 atmosférico, visando a diminuição do efeito estufa. Este processo ocorre principalmente em oceanos, florestas e outros locais onde os organismos por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera. Trata-se de uma captura e estocagem segura do CO2, evitando, deste modo, sua emissão e permanência na atmosfera terrestre.

A forma mais comum de sequestro de carbono é naturalmente realizada pelas florestas. Na fase de crescimento, as árvores demandam uma quantidade muito grande de carbono para se desenvolver e acabam retirando parte do gás carbônico do ar. Esse processo Leia mais

O que acontece com as espécies quando o clima muda?

Rúbia Santos Fonseca

Em ecologia denominamos comunidade como o conjunto de espécies que interagem entre si em uma área. Cada espécie apresenta um número diferente de indivíduos, por isso na comunidade algumas espécies são raras (com poucos indivíduos) e outras comuns (muitos indivíduos). A presença das espécies em um local, assim como a sua abundância, está relacionada a diversas características essenciais para sua sobrevivência, tais como precipitação, temperatura e recursos do ambiente. Muitas espécies apresentam distribuição restrita a uma pequena região, enquanto outras ocorrem sobre boa parte da superfície terrestre. Esses diferentes padrões de distribuição são relacionados às exigências de cada espécie para a sua sobrevivência, que é o nicho dessa espécie; e quanto mais exigente for a espécie, menos lugares aptos à ocupação ela terá.

Em função da relação das espécies com o clima, mudanças climáticas podem tornar o ambiente em que uma espécie ocorre inapropriado para a sua permanência, e a espécie pode ser extinta ou pode buscar outros locais com condições ideais para a sua sobre vivência. Esse fenômeno, denominado migração, já ocorreu muitas vezes durante o tempo em que a vida é registrada na Terra, nos períodos glaciais e interglaciais. Nos períodos glaciais as espécies das regiões temperadas deslocaram-se para a zona tropical, enquanto as espécies típicas da zona tropical ficaram restritas a pequenos refúgios climáticos. Nos períodos interglaciais, as espécies das regiões

temperadas retornaram para as suas áreas de origem, enquanto os refúgios tropicais se expandiram por toda a zona tropical, formando o padrão de Leia mais

O mundo no aquecimento global

Pierre Rafael Penteado

Aquecimento global é o aumento da temperatura média da superfície terrestre, que segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) é causado principalmente pelo aumento da concentração de gases estufa (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e clorofluorcarbonetos) na atmosfera, resultado de ações humanas como a queima de combustíveis fósseis e destruição de florestas.

O efeito estufa acontece quando parte da radiação solar é absorvida por gases que aprisionam o calor na atmosfera e consequentemente elevam a temperatura da superfície terrestre, de maneira análoga a uma estufa de cultivo de plantas. O que muitos não sabem, é que sem este efeito a média da temperatura global seria bem diferente, em torno de -18°C, muito abaixo da média em torno de 14°C atual, o que impossibilitaria a vida como a conhecemos.

Centros de pesquisas meteorológicos e climáticos espalhados ao longo do planeta, desde o século 1860, reportam que houve um aumento médio da temperatura em torno de 0,6°C ao longo do século XX. Medições feitas com a sonda espacial Pathfinder, da NASA, de 1981-1998, apontam que a temperatura da superfície terrestre aumentou numa taxa de 0,43°C por década. Entretanto, além de não poder medir mudanças na água e terras cobertas por gelo, fatores como nuvens e erupções vulcânicas poderiam influenciar na leitura exata realizada pelo satélite.

Mas e como os cientistas sabem como era o clima num passado distante?

Há vários indicadores usados, como anéis de troncos de árvores, corais, amostras da acumulação de gelo durante vários anos, … Leia mais