peixes

Muito mais que uma iguaria culinária

É muito provável que você já tenha tido contato com um grupo de animais muito apreciado como alimento para um grande número de povos, o peixe. Com uma varinha, anzol e minhoca (e um pouco de paciência) você consegue ir em um riacho ou lago e fazer uma boa pescaria. Seja um pequeno lambari (ou piaba), um bagre ou até mesmo um surubim ou dourado, os peixes são uma boa fonte de proteínas e demais nutrientes importantes. Cada brasileiro consome em média cerca de 9 kg de peixe por ano. Parte destes peixes consumidos vem do extrativismo, direto da natureza, e uma parte considerável atualmente vem da aquacultura (ou aquicultura). A tilápia é um bom exemplo de peixe utilizado em aquicultura, embora não seja um peixe originalmente brasileiro, tampouco das Américas. Na verdade, é um peixe de origem africana que foi introduzido no Brasil através de cultivo e hoje pode ser encontrado habitando nossos lagos (seu habitat preferido é o de águas calmas ou lênticas, como o de açudes, lagoas e lagos).

Fonte: phontlife.blogspot.com.br/2012/08/tubaroes-baleia-fotografo-mostra.html

Mas além da pescaria, e daqueles belos peixes de aquariofilia, o que mais você sabe sobre os peixes?

Antes de mais nada, peixes são vertebrados aquáticos. Habitam todo tipo de ambiente aquático, desde corredeiras ou lagos de águas mornas até rios e lagos gelados de água doce; povoam desde recifes de corais até regiões abissais do fundo do mar. Alguns podem viver tanto em água doce quanto em água salgada, como os salmões e esturjões. São … Leia mais

Peixes e Educação Ambiental

A educação ambiental é um tema desafiante. Inúmeras são as questões ambientais que afetam nosso dia a dia. Poluição do ar e das águas, lixo e reciclagem, proteção da biodiversidade, desenvolvimento sustentável, são apenas alguns dos assuntos frequentemente debatidos e com ações efetivas.
Em relação a proteção da biodiversidade, os aspectos a serem abordados são inúmeros. Muitos deles dependem diretamente do conhecimento sobre a biodiversidade. Por exemplo, uma Unidade de Conservação pode ser proposta com a finalidade de proteger uma espécie ameaçada. No entanto, como conscientizar a população local de que
isto é necessário? Por outro lado, quanto da biodiversidade estamos perdendo por deixarmos
de estudar determinadas regiões que acabam por tornar-se fronteiras agrícolas, por exemplo? Planos de manejo e conservação de espécies só conseguem ser bem sucedidos quando envolvem completamente a comunidade da região, como por exemplo, o projeto TAMAR que envolve as comunidades de pescadores e suas famílias com o objetivo de proteger as
tartarugas marinhas.
O Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva (LaGEEvo) do Campus de Rio Paranaíba
da Universidade Federal de Viçosa iniciou nos últimos meses a etapa de Educação Ambiental de seu projeto “Biodiversidade da Ictiofauna do rio Paranaíba – Estratégias para a Educação Ambiental”. Financiado pela Fundação Grupo Boticário, o projeto consiste de duas etapas. A primeira visa realizar o levantamento da Ictiofauna do rio Paranaíba em seu trecho inicial,
desde as nascentes no município de Rio Paranaíba até o município de Patos de Minas. Na segunda etapa, a equipe do laboratório promove cursos … Leia mais

Os Peixes de Minas Gerais

Willian Lopes Silva

Patrícia Giongo

Wagner M. S. Sampaio

A América do Sul possui a mais rica fauna de peixes do mundo, e isso se deve ao fato de ela possuir os maiores sistemas fluviais. O Brasil, apresentando a maior parte desses sistemas, incorpora uma parcela significativa dessa biodiversidade. O nosso país concentra 20% de todas as espécies de peixes descritas no mundo, o que equivale, aproximadamente, a 3.000 espécies. Este número é subestimado e podem chegar até 8.000, segundo alguns especialistas. O mais importante é que uma parcela muito significativa dessa fauna é considerada endêmica, isto é, ocorre apenas em um lugar (no nosso país, neste caso). O estado de Minas Gerais apresenta aproximadamente 12% das espécies que ocorrem no Brasil.

 

Os Peixes de Minas Gerais

O assoreamento dos rios é um dos principais problemas no Estado de Minas Gerais, e falta de Mata Ripária ou Ciliar está diretamente ligada esse fenômeno.

Podemos destacar sete das 15 bacias mineiras em termos de riqueza: A bacia do rio São Francisco com 173 espécies, do rio Paranaíba com 103, do rio Grande com 88, do rio Doce com 64, do rio Paraíba do Sul com 55, do rio Mucuri com 51 e do rio Jequitinhonha com 35. As famílias de peixes com maior número de espécies descritas para Minas Gerais são a Loricariidae (sendo representada pelos populares cascudos), a Rivulidae (que possui os peixes temporários) e Characidae (que englobam os lambaris ou piabas), muitas das quais encontram-se em perigo de extinção. As principais ameaças aos … Leia mais

Uma espécie nova na panela

Rubens Pazza

Vez por outra você lê nos jornais, revistas e websites que cientistas descobriram uma nova espécie disso ou daquilo, não lê? Saiba que o que é publicado no jornal não passa da ponta de um “iceberg”, pois nosso desconhecimento sobre a biodiversidade ainda é muito grande. Mas o que afinal significa dizer que os cientistas descobriram uma nova espécie? Será que eles se embrenharam na Mata Amazônica e de repente toparam com uma planta nova, um animal novo?

Nem sempre que se fala da descoberta de uma nova espécie é porque ela era totalmente desconhecida. Muitas vezes você já havia até topado com ela, mas não imaginava que era algo diferente. Embora a metodologia possa variar um pouco dependendo com que organismo estamos lidando, o exemplo que vou utilizar, com peixes, reflete bem o modo como tudo acontece até virar notícia. No ano passado, um dos gigantes portais da web nacional publicou uma notícia sobre a descoberta de uma nova espécie de peixe de água doce, um cascudo da família dos loricariídeos encontrado em um afluente do Amazonas na Colômbia. Será que a descoberta de novas espécies de peixes são furo de reportagem ou a agência de notícias estava sem notícias para divulgar?

Se for o primeiro caso, eles estão perdendo muita notícia, pois revistas especializadas publicam novas espécies de peixes em todos os números. Por exemplo, a revista Neotropical Ichthyology, publicada pela Sociedade Brasileira de Ictiologia, publicou no ano de 2008 nada menos que 44 novas … Leia mais