extinção

Vaga-lumes fantásticos e onde habitam

Você se lembra de quando ficávamos encantados ao ver vaga-lumes durante a noite e como nossos olhos curiosos vidravam em suas atraentes luzes, até os perder de vista? Esse show de luzes ao cair da noite fez parte da infância de muitos de nós e serviu de base para diversas histórias e outras produções culturais no Brasil e no mundo. Por que será que isso é menos comum atualmente?

Os vaga-lumes fazem parte do mais diverso grupo de insetos do planeta, os besouros, pertencentes à ordem Coleóptera. São representantes das famílias Lampyridae, Phengodidae e Elateridae, com mais de 2.000 espécies descritas e distribuídas por todo o globo. São predominantes na América do Sul e Ásia, sendo encontrados geralmente em habitats ecologicamente mais diversos, que vão desde manguezais até mesmo campos agrícolas.

A característica mais marcante dos vaga-lumes, sua bioluminescência, se dá pela reação química de uma enzima conhecida como Luciferase, responsável pela emissão da luz visível que prende nossa atenção durante o voo desses animais. Essa luz é importante no ciclo reprodutivo desses insetos, atuando na comunicação intraespecífica, ou seja, comunicação entre os organismos de uma mesma espécie, e na atração de parceiros para reprodução. Além disso, ela tem um papel fundamental na atração de presas para a alimentação, na camuflagem e na proteção dos indivíduos.

Pesquisas recentes mostram que esses organismos estão desaparecendo e apontam que a perda de habitat tem sido a principal ameaça para a conservação dos vaga-lumes. A expansão das áreas urbanas tem um efeito negativo … Leia mais

O planeta Terra depois da vida

Os ecossistemas do planeta Terra às vezes parecem engrenagens perfeitas que trabalham em conjunto para que toda forma de vida possa continuar existindo. Mas como é possível que o tudo funcione tão bem e abrigue essa enorme diversidade que conhecemos? Os seres vivos são influenciados pelas mudanças do ambiente, entretanto, pode-se afirmar que o ambiente também é modificado pelos seres vivos.

Já se perguntou por que o oceano é salgado? Apesar de muitos outros elementos serem bem abundantes na Terra antes de haverem formas de vida, existem elementos como o cálcio que é aproveitado por determinados organismos para produzir carapaças calcárias, conchas, ossos, placas ósseas e até em processos metabólicos vitais. Basicamente, é possível afirmar que os compostos utilizados pelos organismos de um ambiente, influenciam na disponibilidade desse composto naquele lugar. Pensando assim é fácil compreender que o cloreto de sódio, um dos responsáveis por “salgar” os mares, não possui muita utilidade metabólica para os seres vivos em sua forma bruta. Por não ser tão utilizado, encontra-se em maior quantidade no ambiente.

A forma com a qual um ambiente é habitado pelos seres vivos também molda o planeta. Se pensarmos em um relevo inclinado, sem nenhum tipo de vegetação, a chuva escoa forte pelo lugar, levando parte do solo que dá aquela forma. Se fizermos um comparativo com outro cenário em que o relevo íngreme possui diversas árvores, com raízes profundas e bem ramificadas, a chuva escoará devagar e levará mais tempo para que ela modifique o relevo. Isso ocorre … Leia mais

Dúvidas comuns sobre Paleontologia

Os homens das cavernas caçavam dinossauros?

Os dinossauros foram extintos mais de 60 milhões de anos antes do surgimento dos primeiros hominídeos e portanto, não conviveram com eles.

Porém, outros animais pré-históricos foram contemporâneos dos humanos, como os mamutes, as preguiças gigantes, os tigres de dentes de sabre e muitos outros. Os humanos caçaram e inclusive pintaram alguns destes animais nas cavernas.

Se o ser humano evoluiu a partir do macaco, por que o macaco ainda existe?

O Homo sapiens não se originou de nenhum macaco existente na atualidade. O ser humano e os outros “macacos” compartilham um ancestral comum, e fazem parte do mesmo grupo, o dos primatas.

Nossos parentes mais próximos na atualidade são os chimpanzés e os bonobos, com os quais compartilhamos um mesmo ancestral que encontra-se extinto. Portanto o chimpanzé não deve ser visto como o nosso “avô” e sim como o nosso “primo”.

Qual foi a causa principal da extinção dos dinossauros?

Um meteoro de grandes proporções atingiu a Terra há 65 milhões de anos, no final da era dos dinossauros. A sua cratera ocupa parte da Península de Yucatán e o Golfo do México. Este impacto teria tido conseqüências catastróficas não apenas para os dinossauros, mas também para a muitos seres vivos na Terra, incluindo vários grupos de invertebrados, plantas e protistas que também se extinguiram. No entanto, no caso particular dos répteis, ao parecer mudanças na flora e no clima já afetavam a alguns grupos antes mesmo da queda do meteoro, pelo que … Leia mais

Um novo membro já ameaçado

Foi descoberta recentemente nas florestas da Amazônia, uma nova espécie de primata. Conhecida popularmente como zogue-zogue-rabo-de-fogo (Callicebus miltoni), foi avistada pela primeira vez em 2011 no Mato Grosso e possui como característica marcante, e originária de seu nome popular, uma cauda avermelhada. São animais de cerca de 30 cm, de hábito arborícola e diurno e se alimenta principalmente-de-frutos.

Para confirmar a hipótese de que se tratava de uma nova espécie, foram feitos estudos de comparação de cores da pelagem, tamanho do crânio e corpo com as outras espécies do gênero. Os pesquisadores explicam que a primeira característica de comparação já foi suficiente para notar-se que se tratava de uma nova espécie, assim como dados moleculares obtidos posteriormente.

Porém, apesar de recentemente descoberta, a espécie já se encontra ameaçada e extinção, tendo como principal causa o constante desmatamento da região. Devido a isso, pesquisadores alertam a necessidade de mais estudos acerca da nossa biodiversidade, e das medidas a serem implementadas para tornar mais eficiente a conservação da mesma.

Por: Rosana Mesquita.Leia mais

Desconhecidos e ameaçados

Ana Lúcia Tourinho

 

O que é um opilião?  

Essa questão é bem frequente, mesmo entre alunos de classes de pós-graduação das áreas biológicas e relacionadas. Esses aracnídeos muito abundantes e distribuídos no mundo todo são pouco conhecidos. Possuem hábitos crípticos e noturnos, atingem seu pico de diversidade em regiões tropicais da América do Sul, principalmente o Brasil. Entretanto, diversas espécies brasileiras desses ocultos animais correm o risco de desaparecer do planeta antes mesmo de serem conhecidas.

Os opiliões são aracnídeos.  

Sim, eles parecem aranhas, mas não são. Assim como todas as aranhas, possuem o corpo dividido em dois segmentos, o anterior se chama prosomo ou cefalotórax, e o segundo se chama opistosomo ou abdômen. Também compartilham quatro pares de pernas, um par de pedipalpos (estruturas que parecem pernas, mas são usadas para manusear objetos), e um par de quelíceras (parte do aparelho bucal dos aracnídeos). Porém eles não tecem teias porque não têm fiandeiras (estruturas responsáveis pela emissão dos fios de seda). Além disso, visualmente as duas regiões do corpo dos opiliões não estão separadas por uma cintura como ocorre com o corpo das aranhas.  Ao longo de sua evolução, cinco dos segmentos da região posterior do corpo do animal, o opistosomo, se fundiram à região anterior, o prosomo, formando uma carapaça externa inteiriça chamada de escudo dorsal. Por este motivo a divisão de seu corpo em duas regiões, só pode ser visualmente notada internamente. Diferentemente das aranhas, que possuem muitos olhos (de quatro a oito olhos), eles têm … Leia mais

Extinções: ciclos de vida e morte

Pierre Rafael Penteado.

 

Você com certeza já leu ou ouviu “… espécie está em risco de extinção…”, não é mesmo? 

 

Quando todos os indivíduos de uma espécie morrem, podemos dizer que ela está extinta. É um processo natural, esperado de acordo com a teoria da evolução biológica, uma vez que os organismos competem por recursos limitados na natureza. Desse modo, as populações adaptam-se ao longo de gerações, migram ou acabam se extinguindo.  E o que é extinção em massa? Também conhecido como evento de extinção, acontecem quando o ambiente em que os organismos vivem muda bruscamente, em um curto intervalo de tempo, impedindo a adaptação dos mesmos. Alguns cientistas se referem às extinções em massa como um reset da evolução biológica.  De certo modo, podemos dizer que é isso, já que as espécies extintas deixam um ambiente para ser explorado por outras espécies. Também é notável o fato de que existiram muito mais espécies (e que foram extintas) do que o total de espécies atual. Durante toda a história da vida no planeta Terra, a biodiversidade do planeta já sofreu cinco eventos de extinção!

Permiano-Triássico.

Há aproximadamente 250 milhões de anos, cerca de 60% de todos os gêneros (categoria taxonômica que pode agrupar uma ou várias espécies) viventes da foram extintos. Entre eles, estavam os trilobitas (artrópodes bastante diversificados), euriptéridos (escorpiões-marinhos) entre vários grupos que não perderam todas as espécies.  Esse evento é conhecido como a grande extinção do Permiano-Triássico. Mas o que poderia ter causado tamanho efeito … Leia mais