doenças

Você sabe o que são doenças autoimunes?

O sistema imunológico é uma rede complexa de defesa do corpo humano. Ele opera em várias camadas de proteção, sendo a primeira delas uma barreira natural. Essa barreira é composta pela pele, mucosas, secreções, flora intestinal e movimentos peristálticos. No entanto, se um antígeno1 conseguir superar essa barreira, entra em jogo a segunda linha de defesa, que inclui células fagocíticas, o sistema do complemento e a elevação da temperatura corporal. Além disso, existem respostas específicas, como anticorpos, linfócitos T diferenciados e células natural killer. 

As células de defesa têm a notável habilidade de distinguir suas próprias proteínas das proteínas estranhas (tolerância imunológica). Um exemplo disso ocorre durante a gravidez, quando o feto expressa proteínas do pai que são reconhecidas como estranhas ao corpo da mãe. Para evitar que o sistema imunológico da mãe ataque o feto em desenvolvimento, a camada uterina (decídua) inativa genes imunológicos, bloqueando a ação das quimiocinas2 que normalmente recrutariam células de defesa.

Porém, uma pessoa que apresenta uma DAI (Doença Autoimune), os anticorpos ou linfócitos T a depender do tipo da DAI, atacam os próprios tecidos sem motivo aparente. Estas doenças são uma falha na autotolerância que acometem cerca de 3% a 8% da população mundial. Estima-se que cerca de 30% das pessoas que possuem uma doença autoimune não tenham ciência disso.

Tais doenças podem ser classificadas como 1) sistêmicas: como a Granulomatose com poliangeíte, uma vasculite necrosante que acomete principalmente os sistemas respiratório, circulatório e urinário. Nessa doença, anticorpos destroem neutrófilos, células fagocíticas3 granulócitas, que liberam radicais livres … Leia mais

A Febre Amarela revelando nossa ignorância cotidiana

O que o surto de Febre Amarela comprova sobre a nossa natureza humana?

Antes de tentarmos responder, vamos aos dados: a Febre Amarela é uma doença infecciosa transmitida ao homem através da picada de insetos hematófagos (que se alimentam de sangue), sendo sua letalidade global – a média de óbitos – entre 5% a 10% dos casos, podendo chegar até a 50%. O Brasil se encontra em destaque como área de prevalência e já se enquadra no sinal vermelho: dados recentes revelam que 40,8% de casos no país evoluem para a morte. Não existe um medicamento específico que combata com eficácia o vírus causador e, portanto, o tratamento basicamente consiste em atenuar os sintomas e evitar a propagação da doença.

E, afinal de contas, o que o surto de Febre Amarela comprova sobre nossa natureza humana? Basicamente: A crise é geral. Nossa sociedade cresceu de forma descontrolada, em diversas proporções, e não temos a noção do impacto de nossas ações. Mal temos consciência ecológica, e a maioria acha que isso é papo para ambientalista!

Muitos perguntam de onde vêm as doenças, sem saber, por inocência ou ignorância, que
muitíssimas vezes são resultados desmedidos e descontrolados de nossas próprias ações. Assim, vale a reflexão: desde que o homem começou a desmatar sem proporções, alterar áreas florestais, acumular lixo, entre outras ações desmedidas, se expôs a um ambiente com inúmeras patogenias, e favoreceu a propagação de vetores de doenças.

Atualmente passamos por graves problemas, os quais se complicarão ainda mais num futuro … Leia mais

Tuberculose: há cura quando se completa o tratamento

A Tuberculose, uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo de Koch, cientificamente chamado de Mycobacterium tuberculosis, e por uma série de outros microorganismos em quantidades menores, é uma doença mortal, que quando descoberta a tempo, tem cura.

Essa doença afeta principalmente os pulmões, devido ao bacilo se reproduzir com maior facilidade em áreas do corpo com alto índice de oxigênio. Entretanto, pode ocorrer a infecção também nos rins, meninges, ossos, intestino delgado e até mesmo em órgãos genitais, de forma independente ou junto com a infecção pulmonar.

Quando a bactéria afeta os pulmões a doença muitas vezes é confundida com uma simples gripe de longa duração, fazendo com que o quadro clínico se agrave cada vez mais. Os primeiros sintomas são quase sempre brandos, e constituem-se basicamente de tosse contínua que causa certo desconforto. Posteriormente a tosse se agrava e passa a ocorrer com presença de secreções, por cerca de mais quatro semanas, passando depois a tosse com pus ou sangue, indicando uma séria infecção. A pessoa passa a ter febre baixa, cansaço excessivo, rouquidão, fraqueza, sudorese noturna, palidez, emagrecimento, perda te apetite e prostração. Nos casos mais graves pode ocorrer dor torácica seguida de eliminação de grande quantidade de sangue, causada pelo colapso do pulmão e acumulo de pus na membrana que o reveste (pleura). Nesse estágio a pessoa se encontra em um quadro praticamente irreversível.

Quando o organismo entra em contato com o bacilo pela primeira vez, e tem uma boa resistência natural ele pode sozinho matar e expulsar … Leia mais