biodiversidade

POR QUE NÃO EXISTEM DESERTOS NO BRASIL?

Desertos são regiões quentes ou frias, caracterizadas por ter pouca água em estado
líquido disponível. Por ter pouca água no estado líquido, a biodiversidade de plantas e animais é baixa, visto que apenas poucas espécies de plantas e animais conseguem sobreviver e são adaptadas a essa escassez de água.

Os desertos são formados por conta do ar seco que vem dos trópicos, que não é muito úmido e faz com que seja necessária a captação da água do solo para a sobrevivência dos organismos, resultando na escassez de água. Isso normalmente acontece em locais com latitude (distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação à linha do equador) a 30° ao sul ou ao norte. No mapa, é possível observar que o Brasil possui regiões a 30° de latitude, ao sul do país, o que poderia ocasionar a formação de um deserto e a região Sudeste seria a região mais seca e propícia para essa formação, porém isso não acontece graças ao Norte do país. Na Amazônia, ocorre um fenômeno conhecido por “rios aéreos”, que consiste no fluxo aéreo de água em forma de vapor, que vem das áreas tropicais do Oceano Atlântico e da umidade evaporada pelo sol na Amazônia. A Floresta Tropical possui uma alta taxa de evapotranspiração, ou seja, a água da superfície terrestre é carregada até a atmosfera em forma de vapor. Isso, em soma com o fluxo aéreo de vapor, colabora com a formação de rios aéreos. São eles os responsáveis por carregar … Leia mais

Zoológicos: heróis ou vilões?

A história dos zoológicos se iniciou há milhares de anos. De acordo com estudos das civilizações antigas, o homem desde o início de sua adaptação ao ambiente urbano, mantém animais selvagens em cativeiro em benefício próprio, como proteção e alimentação. No século XV, as realezas europeias também iniciaram o aprisionamento de animais a fim de seu próprio entretenimento e demonstração de seu domínio sobre terras estrangeiras.

Com a Revolução Industrial, e a ascensão da burguesia, esses zoológicos sustentados pela realeza começaram a passar por diversas mudanças. Animais antes “propriedade” da realeza, foram transferidos para burgueses e emergentes e assim, em meados do século XIX, os zoológicos abertos à visitação pública através do pagamento de ingressos começaram a se popularizar. Com isso, zoológicos foram considerados por muitos anos meros entretenimentos, sem considerar o bem-estar animal.

Se a história dos zoológicos não é conhecida por priorizar o bem estar animal, pode se dizer que hoje isso é primordial para um zoológico funcionar, tanto pela ética quanto pela moral. A partir do século XX surgiu uma maior preocupação com a importância dos bichos e seu bem-estar físico e mental e com isso, a existência de animais selvagens em cativeiro só é possível para conservar as espécies, a biodiversidade e o patrimônio natural.

Para tal, a educação ambiental é extremamente importante, bem como o pensamento conservacionista e o fomento a ciência. Apesar do que ouvimos falar sobre a visitação aberta ao público, é necessário entender que ela é muito importante para a educação ambiental, … Leia mais

Sementes que dormem no solo

Já observou aquelas plantinhas nascendo no quintal de sua casa, nas praças, ruas ou lotes vagos, sem ter visto ninguém semeando? Provavelmente, as sementes daquelas plantas já estavam no solo, adormecidas, fazendo parte do banco de sementes daquela área de e aí, acordaram! O banco de sementes do solo é caracterizado pelo conjunto de sementes viáveis que foram e estão sendo armazenadas em determinadas porções do solo, em alguma profundidade ou na superfície. Isso significa que na composição do solo existem sementes das plantas vivas naquele momento, das plantas que já estiveram ali e até de plantas que estão longe dali, que foram transportadas por animais como aves, roedores, morcegos, ação do vento ou mesmo da água.

O banco de sementes funciona como uma memória do solo, pois armazena toda a diversidade de genótipos de um ambiente. Algumas sementes permanecem adormecidas e viáveis por um longo período no solo, formando os chamados bancos de sementes persistentes, que geralmente são compostos por plantas de vida longa como as árvores. Em contrapartida, outras sementes apresentam pouca ou nenhuma dormência, sendo essas espécies normalmente de vida curta, como pequenas ervas, caracterizando um banco de sementes transitório. Essa variação temporal faz com que muitas vezes o banco de sementes seja diferente em cada estação do ano, visto que a entrada e saída de sementes é um processo dinâmico. Fatores como chuvas, calor intenso e luminosidade estão diretamente ligados a germinação das sementes destes bancos. Podemos perceber isso quando observamos áreas de caatinga e cerrado, … Leia mais

II Simpósio da Biodiversidade – SIMBIO 2011

O colegiado do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Viçosa, do Campus de Rio Paranaíba promoveu entre os dias 17 e 20 de maio o II Simpósio da Biodiversidade – SIMBIO. O evento, de abrangência nacional, foi organizado por professores e alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Agronomia e Ciências de Alimentos.

Durante os quatro dias do evento, o público assistiu à palestras de especialistas com temas importantes dentro da grande área da biodiversidade. Além disso, houve apresentação de trabalhos inscritos e concurso de fotografia.

Jaqueline Dias Pereira, coordenadora do curso de Ciências Biológicas do Campus de Rio Paranaíba afirma que os temas variados das palestras podem auxiliar os acadêmicos na escolha da especialização que pretendem fazer após a graduação. “ O SIMBIO é o principal evento do curso e é muito importante, pois traz palestrantes de todo o país. Esse contato com professores de outras universidades e de diferentes áreas permite ao aluno já criar uma consciência do que ele vai querer”, afirma Jaqueline.

Rock com Ciência

A novidade no II Simpósio da Biodiversidade foi a gravação do programa de rádio e podcast Rock com Ciência, que é um projeto de extensão em Divulgação Científica do curso de Ciências Biológicas. Foram convidados os professores Edmilson Escher, Orlando Moreira Filho e Claudio Oliveira. Pela primeira vez o programa foi gravado com plateia, que participou fazendo perguntas aos convidados.

O tema do programa, transmitido no dia 21 de maio pela rádio local Maximus FM, foi a popularização da ciência. … Leia mais

A macrovisão da micromudança

A evolução é a ciência que estuda como a natureza se transforma ao longo das gerações, através da acumulação de pequenas mudanças que ocorrem nas populações de organismos vivos. Para entender como a evolução produziu a biodiversidade é preciso que estudemos dois processos:

a) como as espécies mudam através do tempo (microevolução); b) como uma espécie se torna duas espécies ou mais (macroevolução)

Micro x macro

Na verdade, estes dois “processos” são o mesmo, mas vistos em escalas diferentes. É como se tivéssemos um balde sob uma goteira… o constante pingar, em algum momento, encherá o balde, que transbordará. Podemos pensar nessas micromudanças da mesma forma, “pingando” aos poucos na história do grupo. Em algum momento, haverá um transbordamento, e os indivíduos da população, que estavam divergindo aos poucos de suas gerações passadas, podem passar a acumular diferenças cada vez maiores.

O primeiro processo é bastante conhecido e responde como ocorreu o desenvolvimento dos bicos dos tentilhões estudados por Darwin nas Ilhas Galápagos, por exemplo. Também explica o mecanismo de resistência de insetos a pesticidas, o surgimento de superbactérias, resistentes a todos os tipos de antibióticos, e por que nem sempre as vacinas contra a gripe funcionam como gostaríamos.

Entretanto, alguns críticos da teoria da evolução argumentam que a microevolução não poderia explicar a origem de novas espécies, ou a macroevolução. Estes dizem que membros de uma espécie não podem se tornar tão diferentes de outros indivíduos através da variação natural a ponto de se tornarem duas espécies não intercruzantes. … Leia mais

A grande riqueza das pequenas espécies do Cerrado

O Cerrado é o segundo maior domínio do Brasil, superado apenas pela Amazônia. Ele cobre uma área de dois milhões de km², e ocorre em 14 estados brasileiros. Nesse domínio ocorrem vegetações distintas, como florestas (os cerradões), campos (os campos limpos e campos rupestres), até formações savânicas, os cerrados sensu stricto, ou cerrado típico, que ocupam 70% da área total.

O cerrado sensu stricto é caracterizado pela existência de árvores de pequeno a médio porte com troncos retorcidos, de modo que as copas dessas árvores não se toquem. Abaixo delas existe um tapete contínuo de plantas de pequeno porte, conhecidas como ervas e arbustos. Essas espécies permanecem toda a sua vida próximas ao nível do solo, e não desenvolvem lenho ou madeira, ou seja, nunca irão virar árvores. Elas germinam suas sementes, crescem, reproduzem e morrem num período de tempo muito curto em relação às árvores, que sobrevivem décadas ou séculos.

Estima-se que para cada árvore exista de cinco a seis ervas, muitas ainda não descobertas pela ciência. O estrato herbáceo, que é a comunidade das ervas, possui espécies temporãs, ou seja, que podem ser visualizadas apenas em uma época do ano, seca ou chuvosa. Essas plantas também apresentam diversas adaptações a falta de água e nutrientes e presença constante do fogo.

Prestonia erecta, uma erva com ocorrência restrita ao Cerrado.

Os primeiros estudos sobre as “plantinhas” do cerrado brasileiro iniciaram na década de 1980, quando começou a se vislumbrar a riqueza e o potencial desconhecido dessas espécies. Tradicionalmente … Leia mais

Biodiversidade: … o que é mesmo?!

Muitos já ouviram falar, mas poucos sabem realmente o que é biodiversidade. É o que confirma um estudo feito pela União para o BioComércio Ético (UEBT), a qual ouviu pessoas de 16 países, inclusive o Brasil. Os resultados demonstraram que, pelo menos em nosso país, menos da metade dos entrevistados sabem explicar o que significa o termo, uma média relativamente alta quando comparada à dos demais países participantes da pesquisa. Mas vamos lá: o que significa Biodiversidade?! Ao pé da letra seria “Diversidade da vida”, ou seja, todas as formas de vida existentes estariam incluídas no termo Biodiversidade. Diversos significados são encontrados, mas todos eles envolvem a diversidade da natureza viva. Em 1992, a Convenção da Diversidade Biológica definiu biodiversidade como a variedade de organismos vivos existentes no planeta ou em uma determinada região do globo, incluindo ecossistemas terrestres, marinhos e outros. Além disso, o termo leva em conta a variedade genética dentro das populações e espécies, tanto quanto a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos bem como seus hábitats e ecossistemas. Esclarecer o real significado da palavra, além de contribuir para o conhecimento da população, também é importante para demonstrar a importância da frase: “Devemos todos conservar a Biodiversidade”. Diante disso, cientistas trabalham constantemente na divulgação científica acerca do tema, destacando a importância de preservar a biodiversidade mundial e as maneiras como isso pode ser feito. Compreensão e dedicação são pontos fundamentais nessa luta de preservação.

Fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2015/07/biodiversidadeconheco­de­algum­lugar..

Por: Rosana MesquitaLeia mais

Captura Predatória e Comércio Ilegal de Aves!

Todos sabem que a biodiversidade no Brasil é enorme, e com as aves não é diferente. Nosso país abrange cerca de 1700 espécies de aves, o que garante a ocupação da terceira colocação de maior riqueza de aves do planeta, perdendo apenas para a Colômbia e o Peru.

Apesar dessa riqueza, com os mais diversos tamanhos e cores, o país é um dos que mais sofrem com traficantes da fauna silvestre. Segundo inúmeros sites, o comércio ilegal de animais silvestres, em especial o de aves, é a terceira atividade clandestina que mais move dinheiro ilegal, perdendo apenas para o tráfico de armas e o de drogas.

Existem leis regulamentadas para a venda de animais silvestres, porém, isso se trata de um processo um tanto quanto burocrático, o que leva pessoas com “pouco tempo” e muito dinheiro a abusar do comércio ilegal.

A captura para comércio ilegal de aves envolve métodos totalmente invasivos ao animal e a toda a biodiversidade local, principalmente devido a precariedade dos transportes usados, o que causa danos físicos e “emocionais” às espécie (estimase 9 mortes em cada 10 animais). Os traficantes geralmente adotam práticas agressivas, como cegar o animal, ingestão de calmantes e bebidas alcoólicas, para aquietar os animais, evitando assim complicações com fiscalizações. Filhotes são retirados de seus pais dessa forma, perdendo todo o cuidado parental, processo importante no desenvolvimento do indivíduo. Esses animais são traficados para pet shops, colecionadores particulares que tem prioridade por espécies raras e ameaçadas de extinção. Ao longo do tempo, … Leia mais

O que acontece com as espécies quando o clima muda?

Rúbia Santos Fonseca

Em ecologia denominamos comunidade como o conjunto de espécies que interagem entre si em uma área. Cada espécie apresenta um número diferente de indivíduos, por isso na comunidade algumas espécies são raras (com poucos indivíduos) e outras comuns (muitos indivíduos). A presença das espécies em um local, assim como a sua abundância, está relacionada a diversas características essenciais para sua sobrevivência, tais como precipitação, temperatura e recursos do ambiente. Muitas espécies apresentam distribuição restrita a uma pequena região, enquanto outras ocorrem sobre boa parte da superfície terrestre. Esses diferentes padrões de distribuição são relacionados às exigências de cada espécie para a sua sobrevivência, que é o nicho dessa espécie; e quanto mais exigente for a espécie, menos lugares aptos à ocupação ela terá.

Em função da relação das espécies com o clima, mudanças climáticas podem tornar o ambiente em que uma espécie ocorre inapropriado para a sua permanência, e a espécie pode ser extinta ou pode buscar outros locais com condições ideais para a sua sobre vivência. Esse fenômeno, denominado migração, já ocorreu muitas vezes durante o tempo em que a vida é registrada na Terra, nos períodos glaciais e interglaciais. Nos períodos glaciais as espécies das regiões temperadas deslocaram-se para a zona tropical, enquanto as espécies típicas da zona tropical ficaram restritas a pequenos refúgios climáticos. Nos períodos interglaciais, as espécies das regiões

temperadas retornaram para as suas áreas de origem, enquanto os refúgios tropicais se expandiram por toda a zona tropical, formando o padrão de Leia mais

A preservação começa com a conscientização

Willian Lopes Silva

 

Quando se trata de Conservação da Biodiversidade, um dos grandes problemas que enfrentamos hoje é encontrar uma forma de mudar o foco do homem, de uma visão exploradora para uma visão de sustentabilidade. A consciência humana precisa ser voltada para o mundo não humano. Assim como compreendemos facilmente que nós o “dominamos” e dele usufruímos para nossa sobrevivência, devemos nos ver como seus protetores. É preciso que nos vejamos como promotores da sustentabilidade, vivendo em harmonia no planeta e sobrevivendo com os recursos que dele precisamos. Hoje, desmatar uma área para plantio, botar fogo em uma pastagem, usar excessiva quantidade de agrotóxicos nas lavouras, jogar dejetos nos rios, não são vistos como um atentado à humanidade. A maioria pensa apenas em lucrar e expandir o mercado, esquecendo que a cobertura vegetal e a biodiversidade animal são uma garantia de vida para seus descendentes.

Ecologicamente falando, apenas uma espécie, seja animal ou vegetal, não consegue se manter viva. Existem as necessárias interações ecológicas, que possibilitam a sobrevivência de um ecossistema inteiro. Apenas nós, e algumas espécies de monoculturas, não garantiremos o futuro do planeta, visto que não é só de alimento que precisamos. Também precisamos de novos remédios, de novas fontes de nutrientes, de tantos recursos quanto podemos imaginar.

É necessária uma mudança de atitude quanto à conservação da biodiversidade. Para conseguir isso, um trabalho forte em conscientização precisa ser feito. Mas a conscientização, para ser eficiente, deve vir acompanhada de propostas realizáveis de sustentabilidade. Enquanto apenas … Leia mais