Volume 12, número 1

Serpentes brasileiras de importância médica: Como identificá-las?

As Serpentes são répteis, da Ordem Squamata, que estão no planeta há muito tempo. Estima-se que o fóssil da serpente mais antiga tenha 90 milhões de anos, pertencendo ao período Cretáceo. As Serpentes são organismo muito conhecidos e temidos. O que muita gente não sabe, é que das 405 espécies de serpentes brasileiras apenas cerca de 15% delas possuem venenos letais ao ser humano. São essas, as chamadas “serpentes de importância médica” e, no Brasil, elas pertencem a basicamente duas famílias: Viperidae e Elapidae.

A família dos Viperídeos abrange a maioria das serpentes de importância médica do país e é composta por três gêneros: Bothrops, Crotalus e Lachesis. O Bothrops, representado pelas Jararacas, é o grupo de serpentes que mais causa acidentes com seres humanos, sendo responsáveis por cerca de 86,2 % deles. Já o Crotalus, representado pelas famosas Cascavéis, é responsável por 9,2% dos acidentes. Por fim, o Lachesis, onde estão inseridas as Surucucus, é responsável por 3,7% dos acidentes ofídicos. Para identificarmos um Viperídeo devemos verificar a presença da “fosseta loreal”, que é um pequeno orifício localizado entre o olho e a narina, que funciona como um termorreceptor permitindo que elas tenham uma “visão térmica”, facilitando assim a identificação de uma presa ou de um predador. Portanto, diante dos nossos olhos, essa é a característica mais marcante desse grupo de serpentes, e é uma característica exclusiva da família Viperidae.

Já a família dos Elapídeos, representada pelas corais-verdadeiras (com veneno), é responsável por apenas 0,86% dos acidentes e os … Leia mais

Cromossomo Y, como ele surgiu?

Provavelmente você já estudou ou ouviu falar sobre cromossomos¹ sexuais e sabe que eles são os responsáveis por determinar o sexo de um indivíduo. Os seres humanos e mamíferos em geral apresentam o que chamamos de sistema sexual XX/XY, onde a fêmea possui as duas cópias do cromossomo X, sendo classificada como homogamética (em grego, homo=igual) e o macho possui uma cópia do X e outra do Y, sendo assim heterogamético (em grego, hetero=diferente).

Mas o que diferencia o Y do X? Como o Y é responsável por determinar o sexo masculino?

Em relação as suas diferenças é possível identificar que o cromossomo Y possui um gene² exclusivo chamado SRY, situado em uma região responsável pelas características masculinas e diferenciação do sexo. Porém, o Y também possui uma região chamada Região Pseudoautossomal, e esta se encontra em homologia³ com o X, o que nos indica que o Y provavelmente surgiu do cromossomo X.

Então como surgiu o Y? E por que o X não possui o gene SRY?

Sabemos que há milhões de anos atrás não existiam cromossomos sexuais em mamíferos e esse grupo apresentava somente cromossomos autossomos⁴. Um desses pares homólogos de cromossomos autossomos apresentava um gene chamado S0X3 e em determinado momento na história evolutiva houve um evento de quebra sobre esse par. Em função disso o gene S0X3 se fusionou com outro gene que era responsável pela expressão bipotencial das gônadas⁵, surgindo assim o gene SRY com sua nova função de determinação dos testículos.

Anos mais tarde, … Leia mais

Por que o azul é a cor mais rara da natureza?

Você já viu felinos azuis? Ratos azuis? Cachorros azuis? Quando penso em animais azuis consigo me lembrar de pouquíssimos animais que apresentam essa coloração. Até a chamada baleia azul não é realmente azul, né?

Animais no geral não produzem seus pigmentos do nada, eles são produzidos através dos alimentos que são consumidos. Os flamingos são um exemplo disso, pois a coloração rosa que apresentam é devido às concentrações de carotenoides encontrados nos crustáceos que eles ingerem. Então basicamente, você é o que você come, exceto quando se trata do azul. O fato é que embora essa cor seja uma das cores primárias, ela é a cor mais rara de se encontrar na natureza e quando encontrada, ela se destaca no meio de todas as outras.

Sobre esse tema vamos analisar as borboletas que, no geral, apresentam os padrões mais diversos que podem ser encontrados na natureza, como asas de todas as formas e cores. A razão pela qual essas estruturas são tão diferenciadas é justamente para mandar algumas mensagens para outros animais como “eu sou tóxica”. De acordo com o Doutor Bob Robins, curador de Lepidópteros no Museu Nacional de História Natural da Universidade de Washington D. C., as borboletas são seres incríveis cuja evolução permitiu que fossem ativos durante o dia possibilitando a grande vantagem da comunicação através da luz. Acontece que, podemos perceber nas asas das borboletas estruturas minúsculas que refletem a luz. Essas estruturas são escamas e podem apresentar diversas cores provenientes de pigmentos orgânicos que absorvem … Leia mais