Volume 13, Número 4

Avanços na clonagem genética: O futuro do melhoramento de raças?

Quando falamos sobre clonagem genética o que vem em sua mente? Talvez cenas antigas de um animal fofo e branquinho em alguma fazenda escocesa cercada por cientistas? Bem, as chances são altas de falar sobre o tema e evocar no imaginário do leitor, quase que instantaneamente, a imagem de uma ovelha com um nome inusitado, Dolly. Isso devido às incessantes reportagens jornalísticas que tomaram o mundo no início do século. Dolly foi o primeiro animal a ser clonado em laboratório pela humanidade, mas não foi o único. Desde fevereiro de 1997 até os dias atuais, a corrida continua (embora os métodos de se conseguir tal feito tenham se diversificado desde então).

A partir do momento que a possibilidade surgiu no horizonte científico, diversas tentativas de clonagem foram feitas a fim de compreender melhor suas implicações e recentemente uma das técnicas demonstrou excelentes resultados, conhecida como Clonagem por Transferência de Células Somáticas (TNCS).

O experimento ocorreu pelo ICAR-Central Institute for Research on búfalos, situado no norte da Índia, onde cientistas decidiram avaliar os impactos da clonagem genética nas espécies de Búfalo Murrah, no intuito de contribuir no entendimento das implicações na qualidade de vida do clone bovino e em seus descendentes. Para isso foram utilizadas metodologias que já demonstraram eficiência na clonagem bovina e a clonagem de transferência de células somáticas foi aplicada em fêmeas através de reprodução assistida.

O método consiste na obtenção do núcleo de células somáticas¹ do doador macho, que são coletadas das células ordinárias da pele e … Leia mais

Você conhece os principais tipos de fruto?

O fruto é o resultado do desenvolvimento do ovário das flores, que garante proteção e auxilia a dispersão das sementes surgidas após a fecundação. Frutos são órgãos encontrados exclusivamente nas Angiospermas e são formados por pericarpo e uma ou mais sementes. A morfologia vegetal se dedica a estudar os frutos e os classifica pela disposição dos carpelos (unidades estruturais que compõem os ovários), quantidade de sementes, consistência dos frutos maduros e presença ou ausência de mecanismos de deiscência (abertura espontânea ou não dos frutos, quando maduros). Ou seja, os diversos tipos de frutos podem ser classificados de maneiras diferentes. Você conhece os principais tipos de fruto?

Frutos são simples quando a origem é de 1 ou vários carpelos unidos, como por exemplo o fruto do baru, pequi, mangaba e sapucaia. São classificados como agregados quando são derivados de um gineceu com carpelos livres entre si, mesmo que pertencentes a uma única flor, como ocorre com o araticum, atemóia, graviola e a magnólia. Ou, ainda, podem ser múltiplos quando resultam de muitos ovários de um grande número de flores de uma inflorescência, como no abacaxi, na jaca, na amora e na fruta-pão.

Quando observamos a consistência dos frutos, esses podem ser classificados em carnosos, isto é, aqueles que apresentam pericarpos suculentos, como visto na manga, no maxixe, na goiaba e no mamão. Por outro lado, os frutos secos são aqueles que apresentam pericarpo não suculento (seco na maturidade), como no urucum, no chichá, no jatobá e nos ipês. Uma outra forma … Leia mais

Evolução do RNA: Primeiro passo para desenvolvimento da vida.

O Ácido Ribonucléico (RNA) é uma molécula grande que desempenha diversas funções, como controlar a síntese de proteínas e conter informações genéticas. No início do desenvolvimento da vida na Terra, a replicação do RNA era o que garantia a continuidade genética, além disso, as moléculas de RNA serviam como catalisadores¹, aumentando a velocidade de reações químicas específicas. Já se perguntou como surgiu a vida na Terra?

A resposta para essa pergunta passa pelo surgimento do RNA. A principal hipótese é que na Terra prebiótica, componentes do RNA disponíveis no ambiente pode- riam ter se reunido em estruturas que conhecemos como nucleotídeos, que funcionam como blocos que formam o que conhecemos como ácidos nucleicos. Essa hipótese pode ser testada, já que é possível que polímeros de RNA se formem espontaneamente em superfícies minerais ou no congelamento de nucleotídeos entre cristais de gelo que, em uma temperatura constante de fusão, se polimerizam e formam o RNA. É possível que o RNA estruturado tenha passado por diversas pressões seletivas, se mantendo vantajoso, sendo assim a evolução darwiniana e a seleção natural começaram a atuar antes mesmo do que conhecemos e definimos como vida, na permanência do RNA.

Tendo conhecimento sobre como surge o RNA, a verdadeira questão se torna o que teria permitido a evolução de RNAs funcionais. A protocélula³ é como é chamada a entidade celular pré-vida onde ocorreu a replicação do material genético primitivo e onde atuavam os catalisadores que deram origem a produtos que beneficiaram a entidade celular. Poderiam haver … Leia mais