Volume 13, Número 3

As diversas aplicações dos Bambus: do caule ao broto

Você sabe reconhecer um bambu ou quantas espécies dessas plantas já foram identificadas pela ciência? De modo geral, as espécies conhecidas popularmente como bambus englobam plantas herbáceas e lenhosas que fazem parte da família Poaceae, da subfamília Bambusoideae, a qual abriga aproximadamente 1300 espécies pelo mundo; dentre essas, mais de 250 ocorrem no Brasil. Os bambus possuem caule do tipo rizoma (subterrâneo) no qual estão gemas que originam o colmo (caule aéreo) e este, em geral, é dividido em nós (regiões do caule de onde saem as folhas) e entrenós (região entre um nó e outro) bem visíveis, dando suporte às folhas. A depender do tipo de rizoma, os colmos podem ficar aglomerados ou se alastrarem. Outro detalhe importante é que em seu estágio inicial de desenvolvimento, o colmo é chamado de “broto-de-bambu”.

Por que usar os bambus? Eles são os principais produtos florestais não madeiráveis e potenciais substitutos da madeira em função da presença de tecido lenhoso/ fibroso em sua estrutura. Possuem capacidade de sequestrar rapidamente o dióxido de carbono atmosférico, devido ao seu crescimento muito acelerado, e apresentam excelentes características físicas e mecânicas. Além disso, sua propagação pode ser feita por ramos, gemas, colmos e rizomas, gerando mudas de maneira rápida e eficiente. Devido ao seu crescimento rápido, os bambus são plantas de fácil regeneração e, devido ao ciclo reprodutivo longo (em geral, mais de 30 anos), é desnecessário o replantio frequente. Assim, o seu manejo permite extração e também multiplicação de novos indivíduos, sendo uma boa opção … Leia mais

Importância social e econômica da “Gueroba”

Você conhece a “gueroba”? Esse é um dos nomes populares para a planta Syagrus oleracea, pertencente à família Arecaceae Schultz. Ela também é conhecida como gueiroba, guarirova, guariroba, gariroba, gairoba, jaguaroba, catolé, pati, pati-amargosa, coqueiro-amargoso e palmito-amargoso. Essa palmeira chega a atingir 20 m de altura e o seu caule pode medir entre 15 e 30 cm de diâmetro. Possuem de 12 a 20 folhas concentradas no topo do caule, formando uma copa de 4 m de diâmetro, em média. Indivíduos dessa espécie podem viver até aproximadamente 100 anos.

Sua frutificação ocorre durante os meses de agosto a fevereiro. Muitas vezes, seus cocos são coletados após caírem no chão ou com o corte do cacho maduro. Seu plantio é tradicionalmente feito junto a áreas de cultivo de arroz, milho, feijão e abóbora, também sendo cultivada em quintais com diversas espécies medicinais e frutíferas. Por ser uma espécie com potencial ornamental, a gueroba também é utilizada em paisagismo nas propriedades rurais, em jardins e até mesmo em ruas e avenidas das cidades, sendo atrativas para muitos pássaros.

A amêndoa e a polpa do coco possuem sabor adocicado e são muito apreciadas como alimento, principalmente por crianças. A polpa do coco é rica em nutrientes, com quantidade significativa de carboidratos e a amêndoa é muito calórica, rica em fibras e proteínas. A amêndoa, ainda hoje, é usada para fazer doces, conhecido como “doce de taia” e, no passado, já foi usada para fazer óleo de cozinha. Isso é possível pois a … Leia mais

Quais as adaptações da vegetação do Cerrado?

O Cerrado é um bioma que abriga aproximadamente 12 mil plantas catalogadas, das quais mais de 4 mil são endêmicas, ou seja, só ocorre neste bioma. Assim, tanta diversidade faz com que ele seja considerado um ‘hotspot’ global de biodiversidade. Além disso, é formado por um mosaico de vegetações, sendo descritos 11 tipos principais de vegetação para o Bioma:

  • Formações florestais: Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão;
  • Formações savânicas: Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda;
  • Formações campestres: Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre.

A vegetação do Cerrado é influenciada por uma série de fatores ambientais, como regime de fogo, tipo de solo e de clima, cujas variações contribuem para a uma alta diversidade de espécies em sua flora. Você conhece a morfologia das árvores do cerrado? Sabia que existem adaptações morfológicas nelas? Características como sistemas subterrâneos bem desenvolvidos, isto é, raízes profundas que buscam por água (floresta invertida) e órgãos de reservas e com gemas, que permitem a rebrota após
fogo e seca prolongada, são exemplos de algumas adaptações. Como exemplos de órgãos subterrâneos, podemos citar os xilopódios (espessamento das raízes), raízes tuberosas (como cenouras e beterrabas), sistemas subterrâneos difusos e os rizóforos (caule que desenvolve ramos que crescem em direção ao solo, auxiliando na sustentação da planta).

Por outro lado, plantas do cerrado também podem ter caules aéreos espessos, com grande camada de súber (é a “casca” das plantas lenhosas), que atua como isolante térmico e impede que o calor chegue até … Leia mais