Vermelho é a cor do raro
Correspondendo a menos de 2% da população mundial, os ruivos marcam sua presença no mundo e os cabelos avermelhados (rutilismo) causam uma abundância de mitos e medos desde tempos remotos.
A mitologia grega que diz que quando um ruivo morre, transforma-se em vampiro. Já a cultura antiga alemã considerava os ruivos bruxos. Os egípcios consideravam que a cor vermelha trazia azar e por isso queimavam mulheres ruivas em rituais que tinham como objetivo extinguir os cabelos avermelhados. No século XVI se acreditava que a gordura corporal de um ruivo era essencial para a elaboração de poções, e mesmo na iconografia da Igreja Católica Romana geralmente Eva é representada como uma mulher ruiva, simbolizando o pecado, e seu filho Caim, também ruivo, por ter matado seu irmão.
Mas verdade seja dita, nenhuma destas “lendas” são verdadeiras, sendo fruto da curiosidade a respeito de uma bela variação da natureza humana. Em pequenas cidades formadas por poucas famílias, o gene que causa o tom avermelhado nos cabelos pode ser numericamente dominante.
A origem do fenótipo é incerta. Acreditava-se que seu surgimento fora há cerca de 100 mil anos atrás, com a origem no Homem de Neandertal. Segundo essa teoria, os ruivos teriam surgido antes que o homem tivesse migrado para a Europa. Entretanto, um estudo feito na Universidade de Edimburgo (Escócia) liderada pelo Prof. Jonathan Rees, encontrou poucas evidências de que a pele branca e o cabelo ruivo fossem realmente uma vantagem adaptativa na evolução humana fora da África.
Esse estudo foi realizado … Leia mais