Volume 11 – 2020

Sementes que dormem no solo

Já observou aquelas plantinhas nascendo no quintal de sua casa, nas praças, ruas ou lotes vagos, sem ter visto ninguém semeando? Provavelmente, as sementes daquelas plantas já estavam no solo, adormecidas, fazendo parte do banco de sementes daquela área de e aí, acordaram! O banco de sementes do solo é caracterizado pelo conjunto de sementes viáveis que foram e estão sendo armazenadas em determinadas porções do solo, em alguma profundidade ou na superfície. Isso significa que na composição do solo existem sementes das plantas vivas naquele momento, das plantas que já estiveram ali e até de plantas que estão longe dali, que foram transportadas por animais como aves, roedores, morcegos, ação do vento ou mesmo da água.

O banco de sementes funciona como uma memória do solo, pois armazena toda a diversidade de genótipos de um ambiente. Algumas sementes permanecem adormecidas e viáveis por um longo período no solo, formando os chamados bancos de sementes persistentes, que geralmente são compostos por plantas de vida longa como as árvores. Em contrapartida, outras sementes apresentam pouca ou nenhuma dormência, sendo essas espécies normalmente de vida curta, como pequenas ervas, caracterizando um banco de sementes transitório. Essa variação temporal faz com que muitas vezes o banco de sementes seja diferente em cada estação do ano, visto que a entrada e saída de sementes é um processo dinâmico. Fatores como chuvas, calor intenso e luminosidade estão diretamente ligados a germinação das sementes destes bancos. Podemos perceber isso quando observamos áreas de caatinga e cerrado, … Leia mais

Debaixo dos pés: os solos são muitos!

Figura 1. Mapa de solos do Brasil. – https://www.embrapa.br/busca-de–noticias/-/noticia/2062813/solo-brasileiro-agora-tem-mapeamento-digital

O solo é o resultado de um lento processo de erosão que ocorre nas rochas. As rochas, quando estão expostas a processos como ventos, chuvas, calor, frio, ação de fungos e do crescimento das raízes das plantas, são quebradas em pequenos pedaços. Com o tempo, esses fragmentos passam por vários processos e se tornam diminutos, se acumulam e misturam-se com materiais orgânicos, água, ar e outros elementos, formando o solo. Porém, são inúmeros os tipos de rochas existentes e uma rocha fragmentada pode ser submetida a diferentes influências, o que causa a formação de vários tipos de solo. Tal processo de formação de solos é chamado de Pedogênese.

Em cada canto do Brasil, existem características peculiares relacionadas ao relevo, ao clima, aos tipos de rocha e vegetações locais ou regionais, tudo isso contribui para que os solos expressem diferentes composições, cores, densidades, camadas, texturas e profundidades, assim, podemos classificá-los em 13 tipos (Figura 1).

Se estabelecermos uma linha do tempo, é possível agrupar os solos em “velhos” e “novinhos”. Solos formados a partir de rochas que foram expostas a condições climáticas mais severas, como chuvas frequentes, calor intenso, ventos fortes e ação de microrganismos, geralmente são mais profundos. Esses solos apresentam horizontes muito bem definidos, são bem mais estruturados, muito porosos e expressam baixa fertilidade natural, eles foram literalmente envelhecendo! É o caso dos Latossolos, Argissolos, Vertissolos e Nitossolos. Por outro lado, alguns solos estão na flor da idade, são “novinhos”! … Leia mais

Você sabe o que é Kefir?

O Kefir é um alimento produzido pela fermentação do leite. Seu sabor, versatilidade e benefícios para a saúde, têm ganhado destaque entre aqueles que buscam estilos de vida e de alimentação mais saudáveis. Mas, afinal, o que é Kefir? De onde vem? Onde vive? De que se alimenta?

A origem dos leites fermentados é antiga e provavelmente se deu quando o homem começou a utilizar o leite dos animais na sua alimentação. Naquele tempo, o leite era conservado em cerâmicas, peles e vísceras de animais, como ainda não existiam técnicas sofisticadas para o processamento desse alimento, diversas transformações aconteciam, levando ao descobrimento de diferentes laticínios que são consumidos atualmente.

O kefir é um leite fermentado, ácido e levemente alcoólico, produzido por colônias de microrganismos fermentadores. Essas colônias são compostas essencialmente por bactérias ácido-láticas, ácido-acéticas e leveduras, imersas em um conjunto de proteínas e polissacarídeos (açúcares de cadeia longa). Ao serem adicionadas ao leite, tais bactérias produzem uma bebida fermentada muito saborosa, da mesma categoria de produtos como iogurte, leite fermentado, kumys e coalhada. Em seus processos biológicos, os microrganismos responsáveis por transformar o leite puro nos laticínios citados acima, produzem uma série de compostos, conferindo o aroma, sabor e textura característicos de todos esses produtos.

O consumo de kefir e outros alimentos probióticos vêm aumentando, assim como o número de estudos feitos para avaliar os resultados do consumo regular desses alimentos. Alguns estudos já observaram benefícios significativos do consumo de probióticos como o kefir para a saúde. Dentre esses benefícios … Leia mais